Não é de hoje que a construção civil é um dos grandes setores que fomentam a economia brasileira e também mundial. Ainda durante o pico de covid-19, foi uma das poucas áreas de atuação que se mantiveram em leve alta, apesar de todos os problemas causados pela pandemia de coronavírus.
Para exemplificar, de acordo com dados levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), organizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o setor da construção civil foi o segundo que mais gerou empregos formais este ano.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram criados 100.674 novos postos formais no setor de construção civil no país. Esse resultado é maior do que no mesmo período no ano anterior, quando a economia já estava mostrando sinais de aceleração e retomada.
Apesar dos desafios dos últimos dois anos, o número de empregados de carteira assinada do setor passou de 1,926 milhão em Junho/2020 para 2,428 milhões em Abril/2022. Os dados também são confirmados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou o setor da construção civil como a segunda atividade econômica que mais gerou empregos formais este ano.
Esse crescimento, que também se explica pelos setores do mercado imobiliário e comunicação para este mercado, representa um aumento de 15% do total de empregos gerados no país até agora.
Ou seja, podemos evidenciar um aquecimento do mercado, com empresas procurando por inovações com foco na automação de processos e redução de custo. Nesse sentido, o cenário é bastante promissor para impulsionar a economia brasileiro nos próximos anos.
Outro ponto que indica uma melhoria é o investimento em novos negócios. Como destacamos anteriormente, o surgimento de novas empresas também faz parte dessa retomada da economia e é importante que o mercado como um todo se fortaleça para o país todo crescer.
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), calcula-se que a cada R$ 1 milhão de novos investimentos, o setor consegue gerar 18,31 postos de trabalho (diretos, indiretos e induzidos).
Ou seja, a capacidade do setor gerar novos empregos está relacionada diretamente com os investimentos realizados no passado. Quando ocorreu uma queda de lançamentos imobiliários nos primeiros meses do ano, foi um motivo de preocupação para as empresas.
Construção civil impulsiona criação de emprego formal no Brasil
A construção civil continua trazendo números positivos para a retomada da economia brasileira. Apenas nos primeiros cinco meses de 2022, o setor conseguiu gerar 155.500 novos postos de trabalho, o que representa um aumento de 6,74%.
Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apurados durante o mês de maio, ao todo foram criados 35.445 novos postos de trabalho com carteira assinada em todo o Brasil, no setor da construção.
Vale destacar também que esse foi o melhor desempenho registrado pelo mercado de trabalho formal do setor desde fevereiro de 2022, momento em que haviam sido criados 39.200 novos empregos.
Essa retomada da economia é muito importante para a população brasileira, que está se restabelecendo após as diminuições das restrições de isolamento, com o avanço da vacinação e diminuição dos números de contaminação por covid-19.
Nesse sentido, muitas empresas estão crescendo e contratando mais pessoas, também impulsionadas pelo mercado imobiliário, que voltou a receber projetos de novos empreendimentos. Além disso, novas construtoras também aproveitaram o momento para iniciar sua jornada no setor da construção civil e, por consequência, gerar novos empregos.
Ainda vale ressaltar que todas as regiões brasileiras apresentaram saldo positivo, com a região sudeste em destaque, com 147.846 postos positivos. A região sul ficou em quarto lugar, com o número positivo de 25.585 postos de emprego.
Além disso, os estados que tiveram melhores números positivos foram São Paulo (+85.659 postos), Minas Gerais (+29.970 postos) e Rio de Janeiro (+20.226). Isso tudo se analisarmos os números totais de postos de emprego no Brasil.
No setor da construção civil, as Unidades Federativas que se destacaram foram São Paulo (5.682), Rio de Janeiro (4.181), Bahia (3.649), Minas Gerais (3.491) e Pará (2.135). Estes números são os maiores destaques positivos em maio, dentre os 35.445 novos postos de trabalho com carteira assinada na construção civil.